sexta-feira, novembro 22, 2024
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Risco de apagão no Brasil: O caminho da autossuficiência

Energia é a base da economia. A dependência energética entre as nações é um fator que move a geopolítica mundial. Energia e geopolítica caminham juntas pela alta relevância internacional. Existe uma dependência entre os países e a forte centralização em algumas fontes, casos do petróleo e gás natural.

Na cadeia mundial da energia movimentada por essas duas fontes, podemos identificar a necessidade que os Estados-chave têm em diversificá-las. A Europa ocidental em não depender do gás natural russo que atravessa a Ucrânia – ou, recentemente, da própria Ucrânia, que viu o valor do gás natural russo triplicar de valor após os recentes acontecimentos; a China e o petróleo que atravessa o estreito de Málaga ou o Chile que depende do gás natural da Argentina, que precisa importar da Bolívia.

Os Estados Unidos, por meio do gás e óleo de xisto, puderam se considerar, recentemente, autossustentáveis energeticamente. Já a China assinou um acordo com a Rússia, de US$ 400 bi, para o fornecimento de gás russo por 30 anos, e os russos procuravam novos parceiros como segurança a possíveis retaliações da União Europeia.

 A descentralização das fontes de energia pode diminuir a vulnerabilidade de algumas rotas energéticas específicas.

A sustentabilidade cada vez mais afeta a mudança de novos meios de energia na cadeia industrial.

Esses avanços sustentáveis estão ligados à valorização e desvalorização das principais fontes energéticas.

Os movimentos geopolíticos da energia caminham para a autossuficiência, de forma a permitir que outros fatores da geopolítica e da agenda global não sejam influenciados pelo poder energético ou o poder energético influenciando decisões políticas.

Das medidas de descentralização da produção de energia se destacam as campanhas de fontes renováveis de países como o Brasil, que desde a década de 1970 investe em fontes renováveis; da Índia, que aproveita grande quantidade de resíduos orgânicos para produzir energia eficiente e barata; da China, e seu potencial hidroelétrico e solar; da União Europeia e o potencial eólico dos países nórdicos.

A independência energética deve ser analisada pelos países como uma chance de variar suas fontes de modo que não aconteça o mesmo que ocorreu com o petróleo e antes com o carvão mineral – uma única fonte energética que move as ações da geopolítica. A diversidade deve tomar conta da geopolítica da energia. Saiba muito mais sobre esse assunto no Podcast FB pelo Mundo, com os professores Adriano Bezerra e Nilton Sousa.

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